Falar sobre o amor de Deus é falar de algo muito além do nosso entendimento. Porque, acima de tudo é falar de quem Deus é, porque Deus é amor.
É aí que a melhor maneira de falar do amor de Deus é olhando para Jesus. Porque Ele é o amor de Deus em forma de gente. É o amor que se fez carne e viveu entre nós. É o amor que encheu seus pés com a poeira deste mundo. É o amor que andou nossas estradas, que sofreu nossas dores, que sentiu nossos dramas, que partilhou nossas dificuldades, que enfrentou nossas tempestades, que fez amigos, que experimentou fome, sede, sono, cansaço, suor, que chorou, que sangrou, que foi julgado, mal compreendido, criticado, pressionado, acusado, negado, traído, rejeitado e que se sujeitou a todos os sentimentos que você e eu temos.
Jesus é o amor que sentiu taquicardia, tristeza, pânico e que suou gotas de sangue no jardim antes de sua prisão e julgamento. É o amor vestido em forma de homem, o amor em ação, o amor vivido diante de todos.
Porque Deus amou você e eu, porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).
Ele não veio para nos condenar, mas para buscar e salvar o que estava perdido. É o pastor procurando sua ovelha perdida; é a mulher varrendo toda a casa buscando sua moeda perdida; é o pai correndo na direção do filho que havia ido embora de casa e que agora retorna, quebrado, falido, ferido e cheio de dor.
Pense que Deus quer e busca o seu bem. Porque amor é isto: buscar o bem maior de alguém. Sendo rico, Ele se fez pobre, para que por sua pobreza, nos enriquecesse com uma riqueza que nem todos os bens deste mundo poderiam nos dar. Sendo Senhor, Ele se fez um servo. Sendo o Autor da vida, Ele se fez homem de dores e servo sofredor. Servido e adorado por milhares e milhares de seres angelicais e por todo o Universo, Ele se humilhou e se sujeitou a ser rejeitado por aqueles que foram formados por Suas próprias mãos. Habitando no mais alto e santo lugar, veio morar com o contrito e abatido de coração. É o rei que se vestiu com uma toalha e lavou os pés sujos de seus súditos.
Pense em todas as inteligências mais desenvolvidas que já viveram neste planeta, através de toda a história da humanidade; Deus é infinitamente mais inteligente que todas elas. Pense em todas as mais extraordinárias belezas que você já viu em toda a sua vida ou que já foram vistas por todos os seres humanos de todas as gerações; Deus é mais belo que todas elas. Pense em todos maiores gestos de bondade, renúncia, compaixão, misericórdia, entrega, sacrifício e generosidade que a humanidade já viu, através de toda a sua história; Deus foi infinitamente além de todos eles.
Deus amou você e eu.
E Ele fez isto sem esperar algo em retorno. Sem trocas. Sem barganhas. Sem segundas intenções. Sem querer se promover. Sem fazer propaganda de si mesmo. Sem procurar a fama. Sem buscar a glória dos homens.
Até porque não há nada que possamos dar a Ele que já não seja dele por direito. Ele deixou seu trono de glória e majestade e se vestiu como um servo.
Foi de graça. É de graça. Sempre será de graça. Porque dele, por meio dele e para Ele são todas as coisas. Ele é o Senhor de tudo e de todos. Ele reina soberano sobre todo o Universo.
Ele conheceu a nossa angústia e não nos desprezou; viu nossa dor e veio ao nosso encontro. Ele é o Deus que se inclina; que desce até onde estamos; o Deus que nos olha nos olhos e enxerga a verdade do nosso coração que mais ninguém consegue enxergar.
Deus provou Seu amor para conosco, no fato de que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8). Ele amou os não amáveis, amou os que não o amavam, amou os que não procuravam por Ele, amou os ingratos, amou os doentes, amou os perdidos e desorientados, amou quem ninguém jamais conseguiria amar.
Por favor, eu não estou dizendo que Ele teve grandes sentimentos por nós, mas que Ele quis e buscou o nosso bem maior.
Na cruz, Jesus estava provando este amor – um amor que vai muito além de todo o entendimento. Um amor que não cabe em nossa mente. Um amor que nos alcança nos mais altos céus ou no mais profundo abismo. Um amor que não nos ama porque fizemos algo, porque sabemos algo, porque conquistamos algo ou porque temos algo – mas, simplesmente e tão somente, porque existimos.
Não fomos nós que amamos a Deus, foi Ele que nos amou. Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como sacrifício pelos nossos pecados. E nós amamos, porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:10,19).
Você consegue pensar nisto?
Deus ama você. Ele ama você com todos os seus conflitos, dúvidas, ansiedades, medos, dores, doenças, depressões, angústias e aflições. Ele ama você mais que qualquer ser humano jamais amou ou amará você.
Você pode estar se sentindo infeliz, rejeitado, solitária, deprimida, ansioso, amedrontado, sem forças para continuar – mas uma coisa não muda e jamais mudará: Você é amado por Deus!
Triste? Deus ama você. Angustiado? Deus ama você. Deprimida? Deus ama você. Com medo? Deus ama você. Sem esperanças? Deus ama você. Cansado de tudo? Deus ama você. Sentindo-se no fundo do poço? Deus ama você, em meio, através e apesar de tudo isto.
Eu sei que vivemos em um mundo profundamente doente, materialista, consumista e que vive apenas de aparências, produções, consumo e sucesso. Eu sei que somos bombardeados o tempo todo com mensagens para consumir, comprar, ter, produzir, aparentar, mostrar algo, provar algo, ser alguém, ter sucesso, conhecimento, fama, dinheiro, poder e influência.
A mensagem, o tempo todo, é para ser o melhor de todos e não ser melhor como pessoa e ser humano; conquistar o topo do mundo e não dominar o seu próprio espírito e acalmar sua própria alma na bondade de Deus; provar para todos o seu valor por meio daquilo que você faz, pelo que você sabe e pelos bens que você ajunta e não saber que você é especial, simplesmente, porque você existe e é uma obra maravilhosa das mãos de Deus.
Nada é para levar nossa alma ao descanso. Nada é para acalmar e sossegar nossas mentes e emoções. Nada é para nos ensinar o contentamento e a serenidade. É só a busca de mais, mais e mais. Ou como Jesus disse: “quem beber desta água voltará a ter sede, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” (João 4:13,14).
É aí que a mensagem de que somos amados por Deus desta forma tão pura; sublime, incondicional, infinita e perfeita é algo que deveria nos levar a pensar e repensar todas estas outras mensagens que aceitamos com tanta facilidade.
A Bíblia diz que nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Nem tribulação, angústia, perseguição, fome, perigo, nudez, espada, anjos, demônios, coisas do presente ou do futuro, autoridades deste mundo ou do mundo invisível, vida ou morte, altura ou profundidade e nem qualquer outra coisa na criação podem nos separar deste imenso e infinito amor (Romanos 8:35-39).
Eu sei que os dias são difíceis e que muitas vezes a caminhada torna-se pesada, mas lembre a si mesmo: Eu sou amado por Deus! Lembre a si mesma: Eu sou amada por Deus! E este amor vai muito além de todo o entendimento!
Nem as mentes mais brilhantes deste planeta podem sequer arranhar a superfície deste tão grande amor. Porque este amor não se entende; este amor não é para ser estudado e dissecado pela mente humana, é um amor para ser crido e experimentado no mais profundo do nosso coração.
João escreveu que nós cremos e conhecemos o amor que Deus tem por nós (1 João 4:16). Deus é amor. É quem Ele é. Tudo que Ele faz é por causa deste amor. Até mesmo quando Ele julga, é por causa de Seu amor, é porque Ele não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
Você e eu somos amados por Deus!
Deus ama os pecadores, é bondoso até com os ingratos e maus; faz o sol se levantar e a chuva descer sobre justos e injustos. Ele é amor.
Um amor bondoso e que não faz o mal ao próximo, só o bem; um amor sem manipulações ou prisões. Um amor que nos respeita. Um amor que não expõe, não explora, não pressiona, não humilha, não oprime. O perfeito amor de Deus.
E como escreveu um autor: “Não há nada que você e eu possamos fazer para Deus nos amar mais e nada que possamos fazer para que Ele nos ame menos”.
Ele não me ama por causa de algo, Ele me ama. Este amor é eterno. É infinito. Não muda. Não tem variação. Não acaba. Não é menor hoje do que era ontem. Não tem nada haver com nossa atuação. É amor na sua forma mais sadia, pura e perfeita. É o amor verdadeiro: incomparável e sem explicações. O amor de Deus. É a essência de quem Ele é. E a prova dele é a cruz, é Cristo entregando Sua vida por nós.
Se Jesus foi capaz de dar a Sua própria vida por nós, o que mais Ele não fará e de graça, para o nosso bem? E este o pensamento que eu encontro quando leio um texto como Romanos 8:32. Está na Bíblia. Leia lá.
Somos humanos. Somos gente. Somos vasos de barro com pés de argila. E em nossa humanidade, somos tentados a esquecer este amor, muitas e muitas vezes. As dores podem ser tão intensas que sentimos dificuldade em acreditar neste amor. O que a nossa alma grita é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes? Mas o que prova este amor não são as bênçãos que recebemos, mas o fato que Jesus deu Sua vida por você e por mim.
O amor de Deus por nós é incondicional. Sem condições. Sem preconceitos. Sem pressões. Sem adoecimentos. Sem contratos a serem assinados. Sem letras miúdas no contrato que ninguém enxerga. Sem enganos. Você não tem que conquistar este amor. Você não tem que provar nada. Não tem que produzir nada. Simplesmente, aceite. Ele nos amou. Ele nos ama. É simples assim. Sem explicações. Além de todo o entendimento. Deus nos ama!
É por isto que nós amamos a Deus, porque Ele nos amou primeiro. Tudo começa neste amor de Deus por nós e tudo caminha para este amor de Deus por nós. Este é o Evangelho de Jesus.
Pare e realmente pense sobre isto.
Paulo Cardoso
Encontro com a Vida
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